terça-feira, 11 de setembro de 2012

Vida através de vidas.

Chegou em casa, tirou o paletó e o jogou no sofá, não queria saber de mais nada. Não sentia mais seu corpo, pensava no que havia acontecido durante o dia, sentia o mundo desabar sem que pudesse fazer algo para modificar tal situação. Ele queria gritar mas lhe faltava voz, queria correr mas lhe faltava fôlego, queria chorar mas as lágrimas haviam secado, queria amar mas seu coração estava em pedaços. Pensava no que podia fazer para que aquela agonia e ansiedade acabasse, então, se lembrou de uma arma que seu pai havia lhe dado e que guardava em sua escrivaninha, quando ia em direção do seu quarto para pega-lá seu interfone tocou, era uma jovem que o procurava, ficou assustado pois a tempos não recebia visitas, mas foi atende-la. Quando abriu a porta de seu apartamento foi surpreendido com um abraço de uma menina que dizia ser sua filha, o que lhe deixou ainda mais surpreso. Nunca havia pensado na possibilidade de ser pai na sua juventude não se dava bem com as mulheres, mas rapidamente se lembrou de uma que tinha lhe mostrado todo o amor dessa vida, para depois o abandonar, o deixando na sarjeta. Ao conversar com a garota só confirmou o que se lembrava, ficara confuso por muito tempo, mas a abrigou. Com o passar dos dias, foi sentindo que uma nova vida recomeçava para ele, e que a mulher que um dia o fez feliz e o abandonou, de novo o deu esperança, mesmo que por meio de outra vida.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

O Poeta Está Vivo

 

Barão Vermelho

Baby, compra o jornal
E vem ver o sol
Ele continua a brilhar
Apesar de tanta barbaridade...
Baby escuta o galo cantar
A aurora dos nossos tempos
Não é hora de chorar
Amanheceu o pensamento...
O poeta está vivo
Com seus moinhos de vento
A impulsionar
A grande roda da história...
Mas quem tem coragem de ouvir
Amanheceu o pensamento
Que vai mudar o mundo
Com seus moinhos de vento...
Se você não pode ser forte
Seja pelo menos humana
Quando o papa e seu rebanho chegar
Não tenha pena...
Todo mundo é parecido
Quando sente dor
Mas nú e só ao meio dia
Só quem está pronto pro amor...
O poeta não morreu
Foi ao inferno e voltou
Conheceu os jardins do Éden
E nos contou...
Mas quem tem coragem de ouvir
Amanheceu o pensamento
Que vai mudar o mundo
Com seus moinhos de vento...(2x)
Ahannn ahannn ahannn!
O poeta não morreu
Foi ao inferno e voltou
Conheceu os jardins do Éden
E nos contou...
Mas quem tem coragem de ouvir
Amanheceu o pensamento
Que vai mudar o mundo
Com seus moinhos de vento...(2x)
Ahannn ahannn ahannn!